quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Distintos Filhos: Bonito é ser diferente.

Fala gente bonita! Como vão vocês?

Estou aqui mais uma vez pra falar de coisa boa (e não é a tekpix). É música boa, música nova, banda independente da melhor qualidade, pra alegria geral da nação!

A banda de hoje é lá de Brasilia e já existe na minha vida há tanto tempo que eu já nem me lembro mais como conheci, ao certo. Mas provavelmente foi em uma madrugada de trocas musicais com alguém aleatório. À você, alguém aleatório: muito obrigada. 

Apesar de todo esse tempo ouvindo o som dos caras, percebi que nunca tinha falado deles por aqui e que isso já estava mais do que na hora de acontecer. Com vocês, a galera entrevistada hoje é a Distintos Filhos!


Formada por Paulo Veríssimo (voz e guitarra), Ivo Portela (baixo/voz), Túlio Lima (bateria) e Marcos Amaral (Teclado), a banda já está na estrada há quase dez anos. Com vários shows por diversas regiões do país e um álbum homônimo na bagagem, o quarteto tem uma vibe massa, dosando seu som com baladas e coisas mais pesadas, que faz qualquer pessoa se sentir bem ouvindo sua música.

A banda, que lançou seu primeiro clipe no ano passado, acaba de lançar esses dias uma nova música e um novo clipe. A faixa, que é intitulada de “Eu não sei” traz uma vibe voz e violão bem estruturada e harmoniosa. É uma música um pouco melancólica, mas bonita. Perfeita pra pensar, e se caso, te lembrar alguém, quem sabe também não pode ser boa pra sorrir? É a típica balada que faz sentido em diversas épocas da vida. Saca só:

E depois de muito enrolar, eu bati um papo bem legal com o Paulo Verissimo e o Marcos Amaral, sobre a história da banda e os futuros planos. O que rolou você confere a seguir:


- Como a banda se formou e como vocês se conheceram?
 R: Paulo Veríssimo: Eu já tinha uma idéia de banda e já escrevia. Era idéia de adolescente, escrever sobre o que a gente vive e tocar, ser conhecido... Conheci o Ivo e convidei pra entrar na banda, que até então não tinha nome. Foi aí que tudo começou. Em 2004.

Marcos Amaral: Músicas como Meu Retrato, Bonito É Ser Diferente e Enquanto o Tempo Passa, presentes no disco de 2011, foram compostas neste início da banda. Eu só passei a integrar a banda em 2010 e, no ano seguinte, o Túlio Lima passou a ser o baterista da banda. Foi neste período (entre 2010 e 2011) que tivemos a oportunidade consolidar a formação que temos hoje.

- Da onde surgiu a ideia do nome da banda?
 R: Paulo Veríssimo: Eu não tinha nenhuma ideia. Meu pai, que também é músico, sugeriu "Distintos Filhos" e eu gostei.

- Vocês possuem um álbum lançado e produzido por Philippe Seabra (Plebe Rude). Como foi o trabalho de produção e como foi trabalhar com o integrante de uma das maiores bandas de rock dos anos 80?
R: Marcos Amaral: Foi uma experiência bacana. Tínhamos as 13 músicas já prontas e arranjadas, fruto de toda a história da banda até então. O Philippe Seabra nos ajudou com a parte de timbres e com o processo de gravação em si, já que ainda não tínhamos tanta experiência com esta parte técnica.

Paulo Veríssimo: O Philippe Seabra é de uma outra escola, mas aprendemos muito sobre como trabalhar em um estúdio e também como produzir um disco.

- Por falar nisso, vocês são de Brasília, local onde surgiram grande parte das bandas de rock de sucesso. Vocês se sentem pressionados por conta disso ou fazem o som de vocês sem medo dessa questão?
R: Paulo Veríssimo: Não existe pressão! A gente faz o que gosta e o público percebe isso. Não pensamos no mercado e nem nos preocupamos em sermos taxados como sucessores das bandas bem-sucedidas do rock brasiliense, embora sejamos fãs e reconheçamos a importância capital destes músicos na história do rock nacional. Pensamos apenas em construir uma carreira sólida e um público fiel, fazendo o nosso som.

Marcos Amaral: No fim das contas, não há pressão. Aquelas bandas abriram o caminho para as novas bandas brasilienses e para as que ainda estão por surgir. Então, hoje, é até mais fácil trilhar este caminho, pois ele foi aberto por gente como Renato Russo, Herbert Vianna e Philippe Seabra. Brasil afora, as pessoas olham para o rock daqui com bons olhos.

- O som de vocês mistura um grande leque de influências e isso é nítido. O que vocês costumam ouvir nas horas vagas?
R: Paulo Veríssimo: Eu ouço muitas bandas dos anos 70,80 e 90. Não curto muitas bandas atuais, mas ultimamente tenho escutado muito Queens Of The Stone Age, Arcade Fire, Jackson Five, Daft Punk e o novo disco do Titãs.

Marcos Amaral: Na banda, somos todos fã dos Beatles e das carreiras solos dos caras. Sempre nos reunimos para ouvir discos de vinil antigos, e redescobrir esta galera dos anos 60, 70, 80. Acabamos também ouvindo muita coisa nova como o Paulo disse: QOTSA, Arcade Fire, Coldplay etc. Particularmente, tenho ouvido muita coisa do Jorge Ben, Ivan Lins, Erasmo Carlos e a galera dessa geração brasileira dos anos 60/70. Da galera nova, curto muito o trabalho do Jeneci, da Tulipa e os mineiros do Transmissor, que lançaram disco novo recentemente. Esse disco novo do Titãs também tem rolado muito por aqui.

- Vocês possuem um público bastante fiel, que parece acompanhar a banda por ela passa. E vocês já tocaram em muitos lugares. Como é receber todo esse carinho por onde passam e ver que a música de vocês faz bem pra tanta gente? Esperavam que isso um dia fosse acontecer?
R: Marcos Amaral: Receber este carinho é certamente uma das melhores partes de ser músico, ainda que soe clichê. Recentemente, fizemos um show com o público cantando junto, pedindo música, pedindo bis... Mas isto ainda surpreende a gente, porque não é sempre que rola toda esta receptividade. O processo de formação de público para uma banda independente é muito lento. Você faz um show, cativa 1 ou 2 pessoas. Em outro, conquista 15 ou 20 pessoas. Hoje, com dez anos de história, este reconhecimento é mais visível, o que tem muito a ver com a nossa proximidade em relação ao público.

Paulo Veríssimo: Isso acontece de uma maneira mais forte agora, mas, ainda assim, não é sempre que os shows bombam. A gente faz música que fala da gente, de coisas normais. Acho que é isso que toca nosso público, pois somos todos iguais: sofremos por amor, temos nossas alegrias diárias, ou tristezas. Quando o público enxerga isso na música, se identifica e vira nosso cúmplice nessa jornada.

Acham que a internet ajuda  é a arma mais importante para as bandas independentes?
R: Paulo Veríssimo: É uma ferramenta excelente, hoje tudo passa por ela, mas as grandes mídias ainda tem o seu poder.

Marcos Amaral: Talvez seja a mais importante, mas não a única. Eu não chamaria de "arma", mas sim de "ferramenta". Não se constrói uma carreira sólida com apenas uma ferramenta. Então, as bandas independentes têm que correr atrás de outras ferramentas que possam ajudar neste processo de construção. Ter uma banda é muito mais que fazer shows e divulgar no Facebook... É ensaiar, é fazer assessoria de imprensa, é ser produtor de eventos, é ser designer, é ser cinegrafista, é escrever projetos, é ser marceneiro, é ser empresário, fotógrafo, publicitário, panfleteiro etc. 

Acreditam que é possível ser de uma banda independente, sem que se tenha muita visibilidade na mídia (como tv e rádio) e viver cem por cento de música no Brasil atualmente?
R: Paulo Veríssimo: Sim, é possível. Mas tem que trabalhar muito. Eu vivo cem por cento de música, mas dou aulas de guitarra, gravo outras bandas, além, é claro, dos shows. Eu me sinto um cara de sorte por viver assim, mesmo com todas as dificuldades.

Marcos Amaral: Como o Paulo disse: é possível viver de música no Brasil, mas para boa parte dos músicos que fazem esta opção, há esta necessidade de conciliar atividades como gravações, aulas e outros trabalhos em estúdio. Há, claro, bons exemplos de bandas independentes que vivem exclusivamente com seus projetos autorais, mesmo sem muita visibilidade na mídia. São bandas que souberam se profissionalizar, se articular e usar todas as ferramentas disponíveis em seu favor. Quando a banda constrói um público fiel, esta visibilidade não é condição para a sua sobrevivência. E é isto que tentamos fazer na Distintos Filhos.

- Recentemente, vocês tocaram em uma das edições do Fifa Fan Fest aí de Brasilia. Como foi a experiência?
 R: Paulo Veríssimo: Foi ótimo: som de primeira, produção muito foda, mídia. Apenas o cachê que não foi tão bom. Mas, de forma geral, foi bem legal!

Marcos Amaral: Além de toda esta estrutura, rolou uma boa resposta do público... Para nós, certamente foi uma noite inesquecível. Ficamos honrados de participar de um evento "internacional".

- Este ano vocês completam dez anos de banda, correto? Desses dez anos, qual a melhor lembrança que vocês tem em palco?
R: Marcos Amaral: você deve imaginar que em dez anos, é difícil de falar em uma única boa lembrança. Claro, tem aqueles momento de "catarse" coletiva, como a noite em que vencemos o festival FUN Music, em Florianópolis, em 2012; a noite em que vencemos a etapa centro-oeste do Yamaha Brazilian Beat...
Também temos boas lembranças de fora do palco, como o período de gravação do disco e do clipe, que são conquistas enormes para uma banda independente.

Paulo Veríssimo: Acho que o lançamento do disco foi muito especial, além do show em Florianópolis em que ganhamos um festival.

- Pra encerrar, quais os futuros planos da banda? Pretendem fazer algo para a comemoração de 10 anos? 
R: Marcos Amaral: Para comemorar os 10 anos de banda, faremos uma festa-show com os amigos baianos da banda Maglore, no dia 13 de setembro, no América Rock Club (Taguatinga-DF). Estamos usando a hashtag #10anos_distintosfilhos no Instagram, no Twitter e no Facebook para deixar registrada esta comemoração. Então, quem quiser seguir os passos da banda nestas comemorações, é só procurar por esta hashtag nas redes sociais.
De certa forma, cada momento deste ano tem um "quê" de comemoração: o show com a Orquestra de Cordas no primeiro semestre (https://www.youtube.com/watch?v=ZVJqfcuNxPw), o show no FIFA Fan Fest (https://www.youtube.com/watch?v=YCVaWjiUdBY), as apresentações em Goiânia e Anápolis, o lançamento do clipe na Play TV, a música que fizemos em homenagem a Taguatinga, por encomenda da Globo (https://www.youtube.com/watch?v=5h498rc8Dxk) etc.

Paulo Veríssimo:  É isto! Já estamos fazendo vários shows comemorativos. Deve rolar um maior pra fechar esse ciclo. Nós vamos começar a produzir nosso segundo disco... E tocar, fazer shows, que é o que nos mantém vivos e felizes.

Marcos Amaral: Para este segundo semestre, também estamos planejando fazer uma "mini-tour", que deve se iniciar em Anápolis (GO), passar pelo Ceará e pela Bahia. Ainda esperamos confirmar novas datas.

- Mandem um recado pra galera que ainda não conhece o som de vocês.
 Paulo Veríssimo: Baixe nosso disco, compartilhe e apareça nos shows!

Por falar em show, os moleques tocam no dia 13 em Taguatinga com os queridos da banda Maglore. Vocês que puderem ir, não percam. Mais informações sobre esse e outros shows e sobre a banda, vocês encontram no Facebook, Twitter, Instagram e Soundcloud.

E foi isso, negads! Vou deixar vocês com um pouquinho mais de Distintos Filhos:


Fico por aqui. Até mais, minha gente!
Beijos da Gorda,

Sarah Azevedo.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Nove Zero Nove: Nova alvorada de roquenroll.

Fala aí, galera! Tudo sussa na montanha russa? De boa na lagoa?

Depois dessas férias forçadas, eu voltei para a alegria de vocês. Na semana passada rolou uma resenha e hoje para o bem da nação, digo ao povo que tem entrevista nova com banda de nome estranho!

Talvez essa seja a banda de nome menos estranho, mas uma das melhores que habitam meus fones de ouvido. O quinteto carioca batizado de Nove Zero Nove é formado por Mauricio Kyann (vocais), Marcius Machado (guitarras), Paulo Pestana (guitarras), Eliza Schinner (baixo) e Felipe Fiorini (bateria) e  é a banda entrevistada de hoje!

Os conheço já tem um bom tempo, mas nossas agendas andaram não se batendo muito. No entanto, eu nunca me esqueci do primeiro show que acabei caindo de paraquedas e de toda a energia dissipada naquele dia. Poquíssimas bandas possuíam o que eu vi, a energia com o publico, a entrega no palco, como se aquele fosse o último momento da vida de cada um dos integrantes e eles se agarravam àquilo com tanta força e vontade, que era como se aos poucos aquela energia tomasse conta de todos no local e pá! Tudo explodia e culminava em um coro sincronizado entre banda e plateia, o que garantia um belo espetáculo. O tempo passou, a formação da banda mudou mas a vibe não. Muito pelo contrário, parece que se expandiu, assim como seu público, que além de ter aumentado, é fiel e tá sempre em todos os lugares em que a banda, dando seu apoio e cantando como se aquele também fosse o ultimo momento de suas vidas. De todas as músicas, Happy End é com certeza um hino do público da banda. Saquem só essa vibe:



Depois de tanto ouvir o EP que é homônimo a banda, ter tomado vergonha na cara e voltado a um show, decidi que já estava mais do que na hora de bater um papo com eles, que tem estado com agenda cheia e tocando em todos os lugares que podem, sem mimimi. O resultado do que rolou, você confere a seguir:

- Vocês são aqui do Rio, mais precisamente da Lapa, local conhecido como o berço do samba. Como foi possível surgir uma banda de rock por lá? Como vocês se conheceram?
R: A Lapa é berço da cultura popular e é um lugar sem fronteiras. A cidade do Rio de Janeiro em si já é mais voltada para o samba e pagode do que para o próprio rock então parte da vontade mesmo de se fazer um rocknroll. Grande parte dos integrantes já se conhecia das vivências do underground e foi tudo tomando forma, tudo em prol do projeto.
- Lembram-se como foi o primeiro show da banda?
R: Pode parecer mentira, mas a gente não lembra de fato qual foi o primeiro show da banda!
- Recentemente, vocês passaram por uma mudança na formação original e a banda parece estar bem entrosada. Vocês já se conheciam? Como rolou o convite para a Eliza e o Felipe entrarem pra banda?
R: Então o Felipe já tinha tocado anteriormente na Nove Zero Nove, e o convite para retornar de vez pra a banda foi natural. A Eliza conheceu a banda a partir de uma seletiva para um evento chamado Epifania, onde ela era jurada. Ela curtiu tanto a banda que virou nossa amiga e de lá pra cá, quando ocorreu a reformulação da banda, acabou sendo também muito natural a entrada nela da banda. Fizemos o convite e ela aceitou na hora.
- A Nove Zero Nove é uma das bandas do cenário underground que mais tem sua agenda cheia e além disso, um público fiel que está sempre nos shows e cantando junto. Qual é a sensação dessa experiência? Quando criaram a banda, imaginavam coisas assim?
R: Porra, quando a gente começou a tocar na banda foi tudo muito despretensioso no começo, porém fizemos um viagem logo no inicio da banda para Araruama e voltamos para o Rio já certos de que era aquilo que gostaríamos de fazer. A partir dai a evolução foi continua e sempre com muita vontade. A gente sempre acreditou e ainda acredita na cena do rock e trabalhou do melhor jeito possível para isso acontecer e o retorno do público só aumenta a vontade do trabalho ser bem feito e estamos sempre imaginando voos maiores, porque se não pensar assim fica estagnado.
- Vocês possuem um EP gravado que contém em suas faixas letras que vão desde a solidão, ao amor e à politica. Como é o processo de composição de vocês? Da onde surge a inspiração?
R:O processo de composição é bem variado, pois não é focado sempre numa pessoa só, e acreditamos que isso é o que torna as músicas únicas. Nós primamos muito pela letra e melodia das músicas, e a inspiração não é algo que se possa explicar da onde surge pois de fato é uma coisa que vem quando você menos espera, não tem hora nem lugar pra isso acontecer.
- E afinal, donde surgiu o nome da banda?
R: O nome da banda é originado do número do apartamento do nosso vocalista, o Mauricio. Quando a banda surgiu e antes mesmo disso, sempre foi lá o local onde a galera se encontrava pra compor, dar uma gastada, fazer aquela pré/pós show, basicamente era onde tudo acontecia. E acabou sendo o melhor jeito de resumir o que de fato é a Nove Zero Nove.
- Pra vocês, a internet é a principal aliada de uma banda independente?
R: Eu diria que é uma ferramenta muito importante sim para bandas independentes, porém está longe de ser a única. Uma banda não sobrevive só por internet e redes sociais. Isso ajuda e muito a divulgação do trabalho em escala maior, porém o contato diário com as pessoas, integrantes de outras bandas, produtores, publico. Acho que uma vez que você consolida um cenário na sua cidade, ai sim, a internet vem pra diminuir as fronteiras e ajudar na disseminação do conteúdo.
- Como vocês analisam o cenário de rock brasileiro?
R: Cara o cenário do rock brasileiro sempre foi difícil pela falta de oportunidades que são dadas. Achamos que existem épocas boas para determinados estilos de música no pais, porém o rock é sempre a resistência. Nós acreditamos que para qualquer estilo de música, e para o rock principalmente, o essencial é a falta de competição entre artistas. Tudo tem que ser integrado e deve ser entendido que existe espaço para todo mundo fazer o seu som.
- Como sabemos, existem muitos produtores de eventos independentes que de certa forma, acabam cobrando da banda para que esta toque. Vocês já passaram por isso? O que acham dessa situação?
R: Esse tipo de prática de cota infelizmente ainda é recorrente no cenário nacional. Existem diversas alegações de produtores para usar tais práticas, porém é um absurdo cobrar cotas de bandas tocarem. Acaba que a banda chama só os amigos que assistem o show e vão embora e não ficam pra assistir as outras e com isso não se cria um cenário. E quando é evento de bandas maiores e colocam outras bandas com cotas pra abrir, acaba dando no mesmo, pois o público de fato acaba só indo pra assistir a banda principal e a grande maioria nem assiste as bandas de abertura.

Acho que falta aos produtores que exercem essa prática, a vontade de se criar uma cena de fato forte. O que tem que existir é a integração entre produtor/banda/casa. Quando entendermos que juntos somos mais fortes, a cena vai fortalecer e pulsar!Em todas as profissões existe um 'caminho mais fácil' para se chegar e na música não é diferente. A banda batalha todo dia pra que sejamos reconhecidos pelo que fazemos e pensamos e isso acarreta alguns percalços financeiros obviamente, não precisamos de muito, o bastante pra pagar nossas contas e tomar uma cerveja com os camaradas já tá bom demais. Ninguém aqui quer mansão no Leblon ou em angra, a gente quer viver fazendo o que a gente gosta que é tocar o nosso som o mais verdadeiro possível.
- Acreditam que é possível ser de uma banda independente, sem que se tenha muita visibilidade na mídia (como tv e rádio) e viver cem por cento de música no Brasil atualmente?
R: Viver 100% de música dá pra viver sim, como de qualquer outra profissão. Mas é aquilo, como em qualquer profissão, depende do que você almeja como profissional, se é a fama ou a grana. Você pode viver de música fazendo algo para ganhar dinheiro ou batalhar pra ganhar grana com o que você gosta.
- Por falar nisso, a rádio cidade e a rádio rock de SP voltaram com total força e tem apoiado bastante bandas do cenário independente. Vocês acham que com a volta das "rádios rock", a facilidade para atingir os mais distintos públicos vai aumentar? Acham que nesse quesito, as rádios possuem mais força do que a internet?
R: Acho que a rádio vem como um veículo a mais para complementar os outros. O fato de voltar a ter uma rádio de rock no Rio de Janeiro é sim uma conquista para quem trabalha com isso e abre maiores possibilidades de mercado, volta a conquistar o jovem para que se interesse por rock e não fique banalizado só com musica estrangeira, funk, pagode e sertanejo. Tem espaço pra todo mundo, todos os estilos tem o seu valor e não é diferente com o rock. Então nada mais natural que existir uma rádio de rock para alavancar o estilo na cidade do Rio de Janeiro.
- Atualmente, anda rolando uma certa união das bandas do cenário independente carioca e isso tem facilitado a criação de eventos com elas. Ainda assim, o público que frequenta é pequeno. Vocês acham que é por esse público não ser tão grande, que as bandas de rock cariocas não possuem tanto espaço assim na cidade?
R: Não vejo que seja por falta de espaço não. Cada dia mais, principalmente por causa dessa união, as casas e produtores estão entendendo que o que vem acontecendo é benéfico para todas as partes envolvidas e a coisa flui naturalmente. O público é reflexo do que a cena proporciona, se está fluindo tudo bem, o público acaba colando de forma natural pois vai se sentir tranquilo, num lugar pra espairecer, curtir um rock e se divertir.
- Existe alguma gafe que já cometeram em palco e até hoje não esqueceram?
R: Aconteceram algumas gafes bem engraçadas, por exemplo, quando tocamos em Patrocínio-MG tiveram duas no mesmo show. O Maurício tinha um discurso onde ele falava que a nossa revolução vai ser televisionada. Porém na empolgação ele falou "A nossa revolução vai ser revolucionária". Ai vagabundo começou a rir, logo depois não satisfeito, o amigo levantou as mãos e gritou: "Esse público de hoje tá mostrando que Minas não é só mais um pão de queijo" !!! Essa última fez a galera vibrar e acabou que passou batido mas foi bem engraçado.
- Qual o lugar que vocês mais possuem vontade de tocar? Aquele lugar que quando rolar, vocês irão considerar o ápice da vida de vocês?
R: Então, existem uns lugares mais underground que temos vontade de tocar como o Hangar 110. Porém acho que de fato, por sermos do Rio de Janeiro, seria para nós um momento inesquecivel tocarmos como banda principal no Circo Voador. Lá a banda toda já teve momentos inesqueciveis em shows e realmente seria uma grande conquista para nós!
- Quais são os futuros planos da banda? Pra encerrar, mandem um recado pra galera que ainda não conhece o som de vocês.
R: Estamos a ponto de lançar um novo webclipe da música Cositas Mas, que gravamos na Toca do Bandido pelo Converse Rubber Tracks e também estamos com o projeto de ainda esse ano gravar dois singles de músicas novas e lançar o nosso primeiro clipe de fato, o clipe vai ser da música Cova Rasa.
E o que podemos deixar de recado é pra galera rockeira respeitar o estilo de cada um, seja entre outros estilos musicais ou até mesmo dentro do próprio rock. Vamos unir forças que todos temos a ganhar. 
Acessem o nosso site pois lá vocês vão encontrar nosso EP, as fotos, infos da banda, agenda e poderá ver os vídeos e conhecer um pouco sobre a Nove Zero Nove!
E parafraseando os irmãos da Clashing Clouds: "E se fosse assim tão fácil, não seria tão divertido" !!
E foi isso, gente bonita! A galera já mandou o recado. Se vocês curtiram e querem ficar por dentro do que rola com a Nove Zero Nove, pode ir até o site deles, clicando aqui. Além disso, eles estão no soundcloud, TnB, Facebook e Twitter. Desculpas não há pra não acompanhar a banda.

Fico por aqui. Valeu, Nove Zero Nove! E vocês que leram e que tem alguma banda que acham que é boa e que também acham que eu não conheço, me mandem! É sempre bom ficarmos antenados, não é mesmo?

Até mais, minha gente!
Sarah Azevedo.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

The Pulse: Buscando o que ninguém tem.

E aí, galerinha do mal! De boa na lagoa? Quanto tempo, não?

Passou a copa e o Brasil perdeu. Também passou o dia do rock e eu nem dei as minhas caras por aqui. E admito que a culpa é da preguiça. E talvez do meu notebook que insiste em ter vida própria.

Porém, não deixei de ficar ligada no que andou rolando por aí. E dentre as coisas mais legais que saíram, está o novo CD da banda The Pulse.

Depois de colocarem a culpa no blues no primeiro EP, os cearenses lançaram no mês passado o primeiro álbum da carreira, intitulado de "Buscando o que ninguém tem." Contendo 11 faixas, são 8 inéditas e as 4 já conhecidas do primeiro EP.


Com influências de Gram à The Killers e Vanguart à Cachorro Grande, a banda mostrou que sabe usar bem suas misturas de influências, o que resultou em um disco bem diversificado e para todos os gostos. Algo genuinamente legal.

Das músicas inéditas apresentadas, há um destaque da minha parte para "Narcisa Marrentinha" com seu vocal rasgado, um refrão pegajoso e uma boa dose de coros. "A Procura" mostra um bom entrosamento entre a cozinha. Baixo e bateria completam-se perfeitamente nesta música. Em "Pretty Sky", a mistura entre português e inglês funcionou perfeitamente. Com um dos arranjos mais bem feitos, possui riffs de guitarra bem trabalhados e aquele vocal cru. Aquela coisa de garagem que meio que dá um toque especial, sabem? Com certeza, uma das melhores faixas do disco. O troféu de música bonitinha cuti cuti vai para "Te coroar", faixa que encerra o disco.

Se a The Pulse queria buscar o que ninguém tem, podem ficar tranquilos, porque conseguiram. Pra moleques que começaram há tão pouco tempo, eles fizeram um belo trabalho. Dá pra ouvir a qualquer hora do dia e a qualquer momento. desde aquele em que se quer desestressar e bater cabeça até mesmo ao momento dor de cotovelo. Esses moleques podem ganhar o mundo. E um parabéns especial ao Matheus Brasil, que vem fazendo um belíssímo trabalho de produção das bandas de Fortaleza. Esse, é claro, é mais um dos exemplos e do belo curriculo que o moleque tá construindo. É outro também que eu tenho certeza que vai logo ganhar o mundo e não falta muito.

Mas se você ficou curioso e quer saber onde encontrar este belo álbum, é simples. Basta ir até aqui, fazer o download e ser feliz. Também dá pra ouvir online da página do soundcloud da banda e no Youtube.

E é isso, pessoas! Em breve retorno com as minhas entrevistas com as bandas de nome esquisito ou as minhas tentativas de resenha (como essa). Tem uma banda nova que é bacana? Manda pra mim, que eu quero conhecer!

Enfim, até mais minha gente!

Beijos da Gorda,
Sarah Azevedo.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Quem é você, Alaska?


Pra você que veio aqui, achando que isso seria uma resenha do livro do carinha de a culpa é das estrelas ou relato de alguma viagem top na balada, desculpe. Os fatos transcorridos a seguir nada tem a ver com o carinha supracitado acima ou suas histórias e muito menos com alguma viagem. Mas já que você tá ai, chega mais! Porque o assunto vai ser muito mais legal.

A verdade é que eu estava sem criatividade alguma pra título e esse foi o primeiro que surgiu na cabeça. Mas o que importa é o que vem no conteúdo não é mesmo? Ou pelo menos, pensem assim.

Depois de muita embromação, é hora de falar de mais uma banda de nome esquisito, negads! A galera de hoje é lá da terra da bolacha, mais conhecida como São Paulo. Também são a prova viva de que o "who to follow" do Twitter nem sempre é uma cilada e não se resume somente a gente que você não conhece e nem quer conhecer e gente que você conhece mas não quer lembrar que conhece. Algumas raras vezes, ele mostra algumas coisas legais.

E foi assim que eu conheci a Banda Alaska. Formada por André Ribeiro (vocal principal/guitarra), Nicolas Csiky (bateria), André Raeder (vocal/guitarra), Wallace Shmidt (baixo) e Vitor Dechem (teclado/vocal), os moleques possuem um EP lançado, intitulado "Perto do Fim" que é constituído por 5 faixas. "Perto do Fim" já foi a causadora de muitos micos meus dentro do ônibus e "Euforia", a que me conquistou de vez e fez com que eu perturbasse a banda pra uma entrevista.

Eles, muito solícitos, aceitaram e até facilitaram a minha vida. A entrevista foi gravada em formato de vídeo, ó que coisa bacana! Tô me sentindo tipo a minha avó vendo videos do youtube. Bom pra mim, que não preciso escrever tanto e bom pra vocês, que não se cansam tanto lendo, já que eu sei que são preguiçosos. As imagens são de Guilherme Garofalo, e a intermediação (essa palavra existe?) das perguntas e respostas ficou por conta de Fernanda Amadio. Deem play e saquem só:


E foi isso, galera! Muito mais legal, não é? Se o blogger não fosse cheio de mimimi, minha voz de criança e minha câmera cheia das tretas, faria mais entrevistas assim. Acho que vou contratar o Guilherme e a Fernanda. Por falar nisso, obrigada aos dois!

E pra vocês que curtiram a vibe do quinteto  e querem saber mais, podem ir até as redes sociais da banda e serem felizes. Eles estão pelo Facebook, twitter, soundcloud, bandcamp, instagram (recomendo fortemente se você quiser ter uns ataques de riso.) e até no Tinder. Além disso, eles também possuem um site, que você pode conferir clicando aqui. Depois disso, não há desculpas. Mais mole que isso, só sentando no pudim.

E depois de muito me enrolarem, eles vieram ao rio e fizeram um puta show. Eles possuem um entrosamento em palco muito bom e uma vibe incrível. São a prova viva do que eu digo muito por aí: Você só conhece uma banda até que a vê em cima de palco, ao vivo. Espero que retornem o mais breve possível. Não há quem faça danças atrás de um teclado melhor que o senhor Vitor Dechem!

Aos moleques da Alaska, muito obrigada mais uma vez pela entrevista. À vocês que ficam aí, um beijo! E pra não dizerem que sou ruim, deixo mais um pouco do som dos carinhas pra vocês. Euforia, clipe recém lançado que foi mencionado e uma das músicas que mais gosto:


Fico por aqui! Beijos da Gorda,

Sarah Azevedo.

PS: Quero a minha camisa!
PS2: Aê produtores, essa é uma das bandas que a gente coloca na minha lista de que eu quero ver mais shows aqui no Rio, tão ligados? Tomem vergonha na cara! Obrigada.

domingo, 6 de abril de 2014

Quarto do L: Um bom antiquário a se visitar. Ou melhor, ouvir.

E aí, galerinha do mal! Tudo de boa na lagoa e sussa na montanha russa?

Espero que sim. Caso não, chegue aí. Caso sim, que bom! E chegue aí também.
Antes que venham me perguntar se eu larguei essa vida de bandas e resolvi trabalhar pra Casas Bahia, relaxem! Cês já vão sacar.

Voltei-me mais uma vez pra esse velho e querido blog, pra falar de mais uma banda de nome esquisito que tem por aí e que vocês não devam conhecer. E se conhecem, é melhor ainda! É bom que já embarca na vibe.
Conheci o som dos caras através de algum dos moleques da M.A.L.U, numa madrugada de trocas musicais, mas não me perguntem qual deles. Isso já tem bem uns dois anos e minha memória não é tão boa assim.
Oriunda de Volta Redonda, a banda de hoje é formada por Vitor Fontes (vocais e guitarra), Antônio Cabeça (baixo), Clayton Pereira (guitarra) e Rafael Fontes (bateria) e juntos, eles formam a Quarto do L. Com um ep gravado "Celebrando o Desapego" e um album, intitulado de "O Antiquário", a banda sempre passou muito pelos meus fones de ouvido e eu percebi que já estava mais do que na hora de falar dos carinhas por aqui, não é mesmo? Sendo assim, fui perturbá-los um pouquinho e eles toparam bater um papo comigo. O resultado vocês conferem a seguir:

- Como vocês se conheceram e como surgiu a idéia de montar a banda?

R: Não somos amigos de infância, porém somos de um circulo de convívio próximo. Além do fato de Vitor e Rafael serem irmãos.

- De quem foi a idéia de batizar a banda com o nome “Quarto do L”?
R: Em 2010, no início, após um curto período morando no estado de São Paulo com outra banda, o Vitor retornou para sua cidade natal(Volta Redonda), e no seu quarto com um formato de "L" se uniu com os irmãos e criaram as primeiras músicas. Essa foi a ocasião.

- Vocês são de volta redonda, e já estão tocando em vários lugares fora da cidade de vocês. Como é toda essa experiência? Sair de casa e ver um monte de gente cantando e curtindo teu trabalho?
R: Realmente fantástico, até o momento temos percebido que cidades da região Sudeste do nosso país, daquelas que temos passado tem se envolvido muito com as apresentações. Somos do Rio, mas São Paulo e Minas Gerais tem nos recebidos surpreendentemente bem.

- Vocês foram indicados ao Prêmio de Cultura 2014, pela secretaria de Estado do Rio. Como foi isso pra vocês? Esse tipo de coisa dá mais vontade ainda de continuar fazendo música? Alguma vez já pensaram em desistir?
R: Desde que tudo começou, o Quarto sempre trabalhou muito, funciona como uma produtora, a presença do Diego e da Marcela só potencializa isso. Ficamos excessivamente realizados com a indicação, de certa forma nos mostra que o único lugar em que o sucesso vem antes de trabalho é no dicionário! Por aqui continuamos trabalhando muito. Graças a Deus, até hoje, mesmo nas piores circunstâncias, nunca pensamos em desistir.

- “Antiquário” é o primeiro álbum de vocês, que conta com algumas músicas inéditas e algumas outras que já haviam sido lançadas. Como funciona a escolha do material que vão gravar? Como é esse processo de ficar dentro de estúdio?
R: Por aqui tudo aconteceu e acontece muito rápido. Tínhamos novas músicas, como é o caso de "Tão longe ou perto", single produzido no Converse Rubber Tracks, que será lançada ainda esse mês. Porém o público de certa forma esperava que muitas músicas que tocávamos ao vivo fossem gravadas, como é o caso de Normal, É lá, Cadê minhas chaves, entre outras. Isso foi levado em consideração, elas foram gravadas, perpetuadas, o que não impediu de inovarmos com A última(última composição a entrar no disco). A banda espera um novo momento de produção, novas experiências para um próximo projeto. Esperamos que não demore também.

-O espaço na mídia para bandas independentes é bem minúsculo. Neste caso, acham que a internet é quem faz toda a diferença para que uma banda consiga público? Acham que ela é a principal arma que as bandas podem possuir em mãos para divulgar seu trabalho?
R: O nosso país está em um processo, aprendendo que temos mais força que nós imaginamos. O povo tem um poder pleno de eleger seus favoritos, não engolimos mais tão facilmente o que passa nas propagandas. Até mesmo pela quantidade de mídias alternativas. A informação já não é transmitida só por uma via, o que por consequência nos traz a responsabilidade de aprimorar nossos conteúdos, pois concorremos com centenas de informações nos "feeds".  

-Como vocês analisam o atual cenário de rock nacional? Acham que a galera que diz que as bandas de rock morreram estão certas ou essa galera ta por fora do que é bom?
R: O rock está vivo e escondido em cada cidade do Brasil, na internet a seleção é mais difícil, mas quando viajamos percebemos quanto talento, quanta arte! Outro fato muito importante é que talvez só seja possível descobrir boas bandas quando se vai à bons shows. O seu fone de ouvido talvez não esteja transmitindo da melhor maneira. Acredito que as pessoas estão por dentro. Hoje se consome Criolo, Tulipa Ruiz, Bruno Mars, Daft Punk, isso é bom. Esperamos ansiosos o momento que a massa nos adicione à essa lista de preferências. Por enquanto, o público que curte Quarto do L já tem nos proporcionado momentos inesquecíveis.

-Sabemos que lugar para que bandas independentes possam tocar não são tão fáceis de serem encontrados. E aí, alguns produtores sempre acabam se aproveitando disso e a banda acaba pagando pra tocar. Já passaram por alguma situação parecida? Qual a opinião de vocês sobre isso?
R: Todo começo é dificil, para nós não é tão mais. O Brasil é carente de Produtores, pessoas que trabalham duro com alegria e proporcionam uma situação justa para os artistas e o público presente. Pode ter certeza que esse tipo de produtor será fidelizado e visto com bons olhos por ambos, artistas e público frequentador. Já passamos por situações desconfortáveis, mas nada que não possamos suportar. Preferimos não citar, para evitar exposições. Parabenizamos aqueles que já nos surpreenderam!

-“Da mesa para o quarto” é uma das músicas mais legais de vocês e a escolhida para ganhar um clipe, que teve grande circulação e uma fotografia bem legal. Por que ela foi a escolhida? Qual a história por trás dessa música?
R: O público a elegeu, os casais elegeram, amigos tem histórias em comum. Assim aconteceu, ela é um fim em si mesma. 
A história por trás da música pode ser a sua! Preze pelo convívio, construa junto, viva com alguém além de você mesmo.

-Donde surge a inspiração pras músicas de vocês?
R: Muitas foram compostas em momentos de frustração. Poucas foram escritas em momentos de descontração e contentamento. A dor é um excelente estimulante.

- Quais as maiores influencias de vocês? O que curtem ouvir nas horas vagas?
R: Os meninos do Quarto escutam de tudo, tudo mesmo. Em LPs, escutam Chico, Secos e Molhados, João Gilberto, Elis, AHA, Roxette, etc. 
Mas quando nos juntamos citamos muito The Killers, The Strokes, The Clash, The Smiths, The eteceteras...

- A melhor parte é fazer show e mostrar o trabalho, entrar em estúdio e gravar tudo isso ou é tudo um complemento do outro?
R: Gravar é muito legal, mas o Quarto do L só se completa ao vivo, quando encontra o público. O melhor disco será gravado quando todo o público couber dentro de algum estúdio. Quem sabe um disco ao vivo?

-Até hoje, qual o show mais bacana que já fizeram, que vocês vão lembrar pra sempre e querer contar para os filhos e netos?
R: Olha, eles competem firmemente entre si. Alguns bem pequenos já nos emocionaram intensamente. Mas os de Volta Redonda são sempre os mais envolventes. É a nossa cidade, naquela cidade que nasceu tudo, é pra cantar chorando. Que bom que temos praticamente tudo registrado e arquivado.

- Falando nisso, existe alguma musica que não pode faltar no setlist? Aquela que se faltar, a galera vai sentir falta e querer bater em vocês?
R: Antiquário e a Psique é a mais pedida. Gostamos muito de Por correr demais. Dependendo da cidade Da mesa para o Quarto.

- Se rolar algum problema técnico em palco, como proceder?
R: Utilizar toda a "raiva" como combustível para tornar aquele o melhor show já visto na face da terra!

- Já pagaram algum mico tão grande em cima de palco que quiseram cavar um buraco e se esconder? Se sim, qual?
R: Guitarrada na cara, banco de bateria quebrando, microfone teimoso. Óculos para os meninos é peça descartável, voa com uma facilidade! O Joelho para de funcionar. O Vitor com a mania de stage diving, voltando sem camisa para o palco. Sem tudo isso, não seria tão bom!

- Quais os futuros planos da banda? O que pretendem aprontar por aí esse ano? Mandem um recado pra galera que ainda não conhece o trabalho de vocês.
R: Os acontecimentos tem excedido nossas expectativas, transcendendo nosso planejamento. Por agora, anunciamos o lançamento do Single 'Tão longe ou perto" para o final de março de 2014. Esperamos que gostem!  Todas informações são dispostas no site www.quartodol.com
Para você que está conhecendo Quarto do L agora: É um enorme prazer. Esperamos te encontrar em uma de nossas apresentações! Junto somos um.

E foi isso, galera! Após alguns dias dessa entrevista, parece que por ajuda do destino (ou não), os moleques acabaram tocando aqui no rio, lá no Circo Voador. E posso afirmar uma coisa: Poucas bandas tem uma energia e presença de palco tão boa quanto a Quarto do L. Além da banda já ter um público que a acompanha nos shows, mesmo tão longe da cidade natal. E isso, meus caros, é foda! É disso que todas as bandas precisam, apoio incondicional. Em troca, a Quarto do L retribui com uma energia maravilhosa e um show tão bom, que a vontade que dá é já partir pra outro logo em seguida. E sobre os micos citados acima: foram comprovados! E como eles disseram, sem isso não seria tão bom.

Pra você que ficou curioso e quer saber mais, pode ir até o site da banda que já foi citado lá em cima. Ou então até o Soundcloud, twitter ou TnB. Eles também possuem um instagram, onde vocês podem ficar ligados mais nos bastidores e tretas da banda.

Além disso, eles lançaram no último dia 2, um novo clipe, da música “Tão longe ou perto.” E como eu sou um amor, vou compartilhar aqui pra vocês. É só clicarem na imagem, já que o blogger e o Youtube ficaram de mimimi na hora da postagem.



E é assim que me despeço! E mais uma vez, obrigada, meninos!
Beijos da Gorda,
Sarah Azevedo.